Resenha: Bailarina - Do Universo de John Wick
Bailarina chega às telas carregando a expectativa de expandir um dos universos de ação mais queridos do cinema recente: o de John Wick. A proposta é clara: mostrar uma nova perspectiva daquele mundo sombrio, elegante e cheio de códigos silenciosos que regem assassinos de elite.
O filme entrega uma atmosfera intensa, que mistura beleza e brutalidade em cada detalhe. A estética é refinada, com coreografias de luta que lembram um balé violento – não por acaso, a protagonista é treinada para transformar disciplina artística em arma. O ritmo alterna momentos de silêncio carregado de tensão com explosões de energia, prendendo a atenção sem recorrer ao exagero.
Um dos pontos fortes é a forma como a narrativa aprofunda temas já sugeridos em John Wick: a vingança, a dor e a busca por identidade dentro de um sistema implacável. A protagonista carrega camadas emocionais que a tornam mais humana, sem perder a frieza necessária para sobreviver no jogo perigoso que escolheu (ou que lhe foi imposto).
A fotografia segue a tradição da franquia, explorando luzes, sombras e cenários quase teatrais, que emolduram cada combate como se fosse uma dança. A sensação é de estar assistindo a uma extensão natural, mas também ousada, do universo original.
No fim, Bailarina é um filme que mantém o DNA de John Wick, mas oferece frescor com um olhar feminino e visceral, ampliando horizontes e deixando claro que esse universo ainda tem muitas histórias para contar.
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