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O Processo Maurizius | Jacob Wassermann

 


"E se a verdade morasse não no que se diz, mas no que se cala?"


Há livros que não se leem de uma vez, lê-se por dentro, em silêncio, como quem desmonta os próprios alicerces. O Processo Maurizius é um deles. Um romance denso e filosófico, que desafia não apenas a justiça dos tribunais, mas a justiça do coração.

Jacob Wassermann nos entrega uma narrativa que atravessa as certezas morais. Não é apenas sobre um julgamento mal conduzido é sobre um jovem, Etzel Andergast, que ousa ver o mundo com olhos próprios, mesmo que isso signifique confrontar o pai, o sistema, o passado e até a si mesmo.

A escrita é exigente, mas não fria. Tem alma. Tem um ritmo que se constrói na dúvida. E é justamente essa hesitação, esse caminhar entre o certo e o errado, que faz da leitura uma espécie de espelho desconfortável. A todo momento, você se pergunta: e se fosse comigo? e se eu estivesse julgando com base em impressões, e não em verdades?

O que mais me tocou foi o embate entre gerações: o pai que representa a lei, a rigidez, o dever; o filho que carrega a inquietação, a busca por justiça com humanidade. Esse conflito é mais que familiar, é universal. É o grito contido de todo filho que, um dia, percebe que o mundo adulto nem sempre é sinônimo de sabedoria.

Ao fechar o livro, não senti alívio. Senti urgência. A urgência de rever como julgo, como escuto, como acolho as verdades alheias. Como diz uma das passagens mais marcantes do livro:


“A verdade nunca é imóvel. Ela precisa ser conquistada todos os dias.”


Se você busca uma leitura que exige presença, escuta e entrega, talvez esse livro te provoque como me provocou. E, quem sabe, te transforme um pouquinho também.




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Outros livros da trilogia: 

- Etzel Andergast: https://amzn.to/43RYKos
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